Projeto busca preservar espécie de peixe em risco de extinção no país
AGÊNCIA BRASIL //
Um grupo de 31 peixes da espécie mero foi registrado no litoral catarinense na última semana do ano de 2023. O peixe é fundamental para equilíbrio dos oceanos e ecossistemas associados à sua presença.
Longe de ser um feito, esse número é muito menor que o observado há aproximadamente 50 anos, quando várias agregações reprodutivas de meros no verão tinham mais de uma centena de indivíduos.
O pesquisador do projeto Meros do Brasil em Santa Catarina, Athila Bertoncini, analisa o que representa esse número.
O mero está em risco de extinção no Brasil e no mundo. Capturas ilegais e a poluição marinha são algumas das ameaças à maior espécie de garoupa do Oceano Atlântico.
Um aliado na preservação é o projeto Meros do Brasil, que apoia instituições responsáveis pela fiscalização. Desde 2022, o mero é protegido por lei no país. A captura, transporte e comercialização da espécie é proibida e configura crime ambiental. Mesmo assim a preservação do mero segue sendo um desafio.
O mero é conhecido também como bodete, canapú, badejão, merote ou “senhor das pedras” na tradução tupi-guarani. Foi descrito pela primeira vez em 1822, a partir de um exemplar coletado aqui no Brasil. Vive nas águas tropicais e subtropicais do oceano Atlântico, do Senegal a Angola, na costa africana, e dos Estados Unidos a Santa Catarina no Brasil, na costa oeste do Oceano Atlântico. A reprodução dos meros ocorre entre dezembro e março. O pesquisador Athila Bertoncini, dá mais detalhes da espécie.
O Projeto Meros do Brasil é patrocinado pela Petrobras e realiza pesquisa científica, educação ambiental e comunicação, além de atuar na construção de legislação de proteção da espécie.